Resumo: |
Este estudo constitui uma análise do processo de organização das mulheres na Central Única dos Trabalhadores (CUT), resgatando a trajetória da Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora (CNMT), aprovada no 2º Congresso Nacional da central síndical, em 1986. A criação da CNMT, foi um dos desdobramentos de três processos que haviam se desenrolado recentemente na sociedade brasileira: a entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho, a emergência dos movimentos de mulheres e do feminismo, o surgimento de novo sindicalismo. São identificadas as possibilidades e os limites da CNMT, desde sua criação até 1991, refletindo-se sobre a influência que suas propostas e práticas tiveram nas relações de gênero no âmbito da CUT. Na experiência analisada, apontam-se as alianças e conflitos entre sindicalismo e feminismo. Permanecem em aberto, para análises futuras, os desafios colocados pelo novo momento de organização das mulheres na CUT, inaugurado com a polêmica das cotas de participação feminina nas direções, a partir de 1991. |